Eu tenho números
São infinitivos
E a cada guerra uma rendição
Dissimulado no ato de pedi perdão
O medo é a certeza que temos
Existe a probabilidade
Sem chance e esperança
Sem virtude e sem liberdade
Nossa escravidão é baldio nessa terra de traição
São prepostos, defendem um sorriso sem alegria
Defendido e preso aos seus próprios erros
A classe é o muro que nos separa
A imprudência é o cinismo que só cabe a eles
A angústia só aumenta
E suas regras agravam mais a nossa doença
Onde está nossa esperança?
Eu queria ser livre e ter a minha concessão
A justiça é a verdade que ainda não descobrimos
A bondade é a certeza que ainda não temos
O ódio é moção de todos nós
E essa é a nossa luta de todos os dias
Tentando ser melhor do que ontem
Perdoando quem se foi
Amando quem está chegando
Quanto mais lhe amo, mais entendo do amor
Resgatei vinte poucos dos meus anos
Eu não aprendo, se existe o certo o errado pode dar certo
Deixa eu encontrar abrigo e descanso nos teus braços
O resto será esquecimento e uma eterna lembrança